domingo, 28 de dezembro de 2008

Morreu Harold Pinter...
Passados alguns tempos de melancolia...os dias correm, mais depressa do que habitual Alice, o coelho apoderou-se de mim e corro nos ponteiros de um relógio que teima em avançar. Tomei várias decisões nos dias que passam: decidi um dia partir com um circo, não tenciono segui-los e viver uma vida que não a minha, apenas ficar lá na altura da partida, no arranque dos primeiros metros, sempre tive a sensação de que fazê-lo era como ver uma cidade em movimento...imagina só: uma grande cidade daquelas com fábricas de chaminés altas em pleno movimento e a desaparecerem no horizonte bem diante dos teus olhos, mas eu ficava ali sozinha no meio do nada a ver a vida a desaparecer-me, gostava de ver um circo partir pelo menos uma vez por semana!
Decisão numero dois: deixar de tentar ser poética ou demasiado algodão doce fez-me mal ao estômago; do qual passo a explicar que será o titulo das proximas semanas que vou atravessar; isto porque o tempo aperta e temos de ser mais pragmáticos.
Decisão terceira: Se formos bem sucedidos com esta porra juro a pés juntos, cm fez o marco, que vou injerir de um só trago um copo inteiro de whisky rasca, acreditem que não há maior prova de amor, porque eu não bebo disso nem que me paguem.
Decisão IV: Deixar-me sentir feliz, lamento mas afinal constatei que a depressão me abandonou no dia em que te conheci e me disseste que me amavas, o que faz de mim uma parva!Como tal a esta decisão junto as cartas que te vou escrever.
Decisão cinco: Comprar 130 edições do principezinho.
Decisão VI: Ir aos alfarrabistas esta semana, aproveitar e ler o que está em falta.
As outras são neste momento as passas que vou comer, as saudades que tenho da minha vida académica, os sonhos que nos restam e os que morreram...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Somewhere....





Hoje deu-me para estas coisas... ridiculo, bastante, mas a minha vida Alice é feita destas coisas,como estás? Ainda estou á tua procura sabes?
As coisas vão bem, leio menos, penso mais, exprimo as dificuldades em lágrimas e isso não é mais do que capricho talvez...Fumo mais, bebo menos, tenho ido mais ao teatro, já fui ver o vânia, a maria e o antónio, o jerusalém da Milia, as memórias da lua em odisseias tristes, Alice diz-me tu que sabes... onde ficam eles, ou elas as memórias? Para onde vão Alice? E porque parei eu de escrever, porque parei de querer pensar nestas coisas, neles Alice, nos que são feitos de Papel? O meu papel não reciclado está a poluir-me a alma desde o Verão amorfo que já passou, morro na impotência de me sentir estupidamente feliz, de não querer berrar ou odiar pontas de cigarros mal apagadas, que é feito das memórias da escrita automática? Dos meus livros e jornais velhos com aquele sabor do teu vinho branco? Para onde foram as coisas e as formas? Afogo-me agora nas confissões dos outros Alice, dos que recusam o papel e só querem estar...como se isso bastasse para respirar, eu não gosto destes perfumes sem a dramaturgia dos corpos sabes, e que merda até eu me sufoco nas frases dos outros já!
Quero os meus avatares de volta, quero o meu mundo mágico porra, quero que o meu canário amarelo morra naquela gaiola encarnada sem fundo, isto porque é melhor construir uma metáfora para pássaros sem asas, coisas capadas sem pulsação.
E o candeeiro Alice... tinhas de ver, e que pensei eu? Olha Genial...o mundo por um cano, daqueles que têm cores e a lua á distância de uma grécia antiga, fiquei triste e nem percebi porquê, só fiquei para ali cheia de mim, ou talvez da paisagem bonita de luzes teleféricas, feéricas as pestanas q n tocam as palpebras dele.
Quero o meu papel reciclado de volta...

A minha Caty é genialllllllll

Só...what if...sempre

happy goes like this

domingo, 12 de outubro de 2008


O meu mundo do faz de conta que não vai chegar este ano... um ano sem fazer a conta Alice, sem ver atrás do espelho, sem rasgar e fugir para ai, sem estar a aguentar muito mais esta calma e sem os meus bonbons , um ultimo ano a acreditar que vai correr tudo bem, um post sem acentos só porque não me está a apetecer pensar para além da frase! Ás vezes espero a mesma sensação de vazio e tristeza que não chegou, o Inverno, o teatro, a minha vida antiga que esqueci e deixo para trás todas as sextas feiras... as bebedeiras Alice, para onde foram as minhas angustias do vinho branco, talvez para Londres ou para uma encosta bem perto de mim? Para onde foi a minha poesia Alice? A minha falta de sono, a magreza muribunda das horas apertadas naquela terra ventosa, ou o pequeno lirismo da minha voz pequenina?

E agora estou bem e nem assim a calma desaparece e não faz mal já não sentir raiva das coisas, que me fizeste tu? Em que me torno quando somos só nós, em que pensas tu odisseia na guerra do espaço e apenas fazer ou estar? Porque não morro eu por não ser significante ou significado de não aparecer, de me verem? Que calma tão estranha bebi eu Alice, nestes ultimos tempos...

Que bom, mas para onde foste tu e o teu mundo de Maravilha?